Entrevista com Raquel Castro, vencedora do Prêmio Dança Moderna!

1 de junho de 2015

Quem vive da dança sabe a importância do constante estudo e aprimoramento tanto da técnica quanto da expressividade artística.

A bailarina profissional Raquel Castro viu uma oportunidade tanto de se aperfeiçoar, quanto de mostrar seu talento: se inscreveu no IV Congresso, participou do II Prêmio Dança Moderna e ganhou na técnica de Limón!

Ela nos contou como foi essa experiência e a gente compartilha aqui com vocês:

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1-Como foi o congresso em 2014?

Foi uma experiência incrível, com uma estrutura muito bem realizada.  A equipe de trabalhadores era muito receptiva e atenciosa; as salas de aula eram muito boas; os professores com uma enorme bagagem e experiência compartilharam seus conhecimentos de coração aberto com os participantes, sempre muito receptivos e simpáticos; os conteúdos das palestras foram muito enriquecedores e muito bem apresentados; me senti muito bem acolhida, recebida e valorizada.

2-Como foi receber o prêmio dança moderna?

Não tenho palavras para descrever o tamanho da minha felicidade, ao receber o II Prêmio Dança Moderna. Ter a oportunidade de ir para Nova York fazer aula e aprender com renomados professores; me aprofundar um pouco mais no aprendizado da dança moderna, especialmente da técnica de Limón; conhecer a cultura deste lugar; conviver e ver de perto o dia-a-dia de outras pessoas, que assim como eu, escolheram a dança como carreira; fazer contatos internacionais; assistir espetáculos; visitar os famosos museus; e conhecer uma das cidades que mais investem e dão valor a arte e a cultura. Eram desejos que então deixaram de ser sonhos para se tornar realidade.

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3-Conte como foi sua experiência em NY.

A viagem foi além das minhas expectativas. Fiz aulas com professores incríveis. As aulas de Limón eram sempre ministradas por bailarinos ou ex-bailarinos da Cia. Era lindo ver seus corpos em movimento, com tanta leveza e fluidez, compartilhando com seus alunos tudo o que eles vivenciavam na Cia. Tive a oportunidade de fazer também aulas maravilhosas de Jazz, Contemporâneo e Horton. Todos os professores me receberam muito bem e me deram conselhos e ensinamentos que levarei pra sempre ao longo da minha carreira. Eles também me incentivaram muito a continuar a me dedicar na dança, e a querer alcançar cada vez mais o melhor de mim. Bom, se eu já gostava da técnica de Limón quando a conheci no Congresso Brasileiro de Dança Moderna, agora eu sou apaixonada por ela e tenho certeza que quero estudá-la ainda mais.

Gostei muito de ver como os alunos se inspiram de verdade em seus professores de dança e quanto as escolas valorizam seus profissionais.

Assisti espetáculos maravilhosos que me deixaram impressionada devido a grande produção, investimento, estrutura e/ou qualidade. Principalmente quando se refere aos famosos musicais da Broadway.

A visita aos museus (MOMA, Museu da História Natural,  Metropolitan e o The Cloisters) me impressionou pela beleza, o enorme acervo de obras e relíquias, o cuidado e a preservação por estas.

Sem dúvidas foi uma viagem que guardarei pra sempre na minha memória com muito carinho e saudade. Espero poder voltar em breve.

 

4-O que está fazendo atualmente?

Atualmente eu sou bailarina da Vivá Cia de Dança.  Durante a semana, além dos ensaios da cia, eu faço aulas de ballet clássico, contemporâneo, circo e superflex ( uma aula que trabalha flexibilidade, resistência e força). Infelizmente aqui no RJ não há aulas da técnica de Limón para que eu continue praticando.

 

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5-O que pretende fazer no futuro?

Gostaria muito de me aprofundar na técnica de Limón, e poder fazer uma pós graduação em uma das universidades de dança de NY. Mas são objetivos a longo prazo, pois preciso de tempo para me organizar financeiramente. Para um futuro mais próximo gostaria de conseguir entrar para alguma cia de dança contemporânea no exterior.

 

6-Fale sobre a importância de incentivos como o do premio dança moderna.

É de extrema importância devido ao fato de que no Brasil não se tem investimento em arte e cultura, como se tem lá fora. O mercado de trabalho é tão pequeno, que acaba sendo um privilégio de poucos conseguir viver financeiramente bem de sua arte apenas. Temos tantos artistas de qualidade aqui que não são valorizados que acabam indo para o exterior, em busca de uma oportunidade. Me considero uma privilegiada por ter tido a experiência desse intercâmbio na minha vida. Seria extremamente enriquecedor para nossa cultura, se todos os artistas tivessem a oportunidade de viajar para o exterior, para ver como as coisas “funcionam”.

Só tenho a agradecer imensamente essa dedicação e iniciativa da Andrea Raw. As professoras Maxine Steinman e Ryoko Kudo que me escolheram para o prêmio na técnica de Limón, e a todos os outros responsáveis por fazer esse intercâmbio acontecer. Espero que muitas outras pessoas ainda possam ter essa mesma oportunidade que eu tive através do Congresso Brasileiro de Dança Moderna.

 

 

Agradecemos a Raquel pela entrevista!

E aí, se interessou pela experiência dela?

Então não deixe de  participar do III Pêmio Dança Moderna, bastando se matricular no Congresso deste ano, ter presença nas cinco aulas e levar documento comprovando passaporte e visto norte-americano.  Depois, é só dar o seu melhor nos workshops e torcer pra ser selecionado! Boa sorte! 🙂


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Flora

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