A companhia Alvin Ailey American Dance Theater é mesmo muito inspiradora pra todos nós bailarinos, não é verdade? Os movimentos de alta precisão técnica, que beiram a perfeição (baseados na técnica de Horton), além de uma expressividade única, são alguns dos elementos que fazem a gente babar ao ver uma apresentação deles, seja ao vivo ou no Youtube!
E foi por isso que resolvemos trazer aqui algumas dicas de dois dos principais bailarinos da companhia, publicadas pelo Ailey Blog, que podem ajudar no nosso trabalho e exercício da dança no dia-a-dia. Alicia Graf Mack e Glenn Allen Sims contam como fazem pra lidar com a versatilidade necessária da profissão e assimilar a grande carga de coreografias, diferentes estilos, diferentes coreógrafos, e ao mesmo tempo, parecer que não estão fazendo nenhum esforço, e, ufa!, dançar lindamente.
Do movimento pra memória:
Glenn: “É preciso muita força do cérebro. Há muito trabalho envolvido nos bastidores a fim de aprender as diferentes partes, mas isso te estimula, porque cada coreógrafo traz novas experiências. Acho que essa é a parte bonita sobre a dança: você tem que descobrir como você pode trabalhar em cima da experiência e estilo do coreógrafo pra articular o que ele quer. E isso me impulsiona a me tornar um bailarino melhor.”
Alicia:
Alicia também sente este exercício de força do cérebro quando se deslocam entre os ensaios durante todo o dia. “É uma árdua tarefa manter toda a coreografia certa, especialmente agora que estamos aprendendo todas as novas partes ao mesmo tempo e nós nunca estamos apenas trabalhando em um estilo específico. Nossos cérebros não só têm que ser capaz de mudar de variação para variação, mas também de estilo para estilo, eu acho isso um desafio. Eu tendo a visualizar os passos na minha cabeça, a fim de mantê-los frescos. Eu, definitivamente, sou o tipo de bailarina que tem de rever tudo antes de me apresentar.”
Graças às novas tecnologias, os bailarinos não precisam se preocupar em aprender cada passo perfeitamente no primeiro dia. Eles contam com a ajuda do vídeo, que é gravado a cada ensaio, do início ao fim. Tanto Glenn quanto Alicia contam com ele, algumas vezes, pra ajudar na lembrança.
Conectando-se com a música
A fim de permitir-se dançar sem inibição, Alicia tenta se concentrar na musicalidade do movimento, ao invés da contagem. “Sempre que estamos trabalhando em uma nova variação, eu sempre pego uma cópia da música, coloco no meu iPod, e a ouço várias e várias vezes, pra que eu grave a música na minha cabeça e retenha mais fácil a coreografia. Além disso, algumas músicas não são contáveis, então você tem que ser capaz de responder a elas de uma forma mais intrínseca”.
Glenn continua: “Nossos corpos são veículos para a coreografia, e nosso papel é interpretar a música. Se você está apenas contando o tempo todo, como você pode se deixar levar e se tornar vulnerável o suficiente pra dançar? Do balé e Horton ao hip-hop e Gaga, os métodos podem mudar, mas o objetivo final de se comunicar com o público permanece o mesmo, – e essa é a marca de um bailarino bem qualificado.
Gostaram? Semana que vem tem mais! 😉
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